Dicas para controlar comportamentos difíceis em cães

Estresse, agressão e ansiedade de separação são, talvez, três dos comportamentos caninos mais comuns que os profissionais da indústria pet podem encontrar.  No entanto, embora nossos amigos caninos não possam verbalizar seus sentimentos, eles são capazes de comunicar suas emoções por meio de um comportamento não verbal. 

Reconhecer os sinais faciais, dicas de postura e indicadores comportamentais é vital para compreender e controlar os comportamentos difíceis dos cães.

Sinais de que um cachorro está estressado

Existem inúmeros fatores que podem causar estresse em um cão, mas uma ida ao veterinário certamente seria um motivo comum, junto com o medo da separação de seu dono e de mudanças no ambiente.

Alguns indicadores-chave de estresse canino incluem:

• Sinais de apaziguamento - movendo-se lentamente, lambendo os lábios, virando a cabeça e desviando os olhos;

• Postura corporal baixa - encolher-se e esquivar-se pode indicar estresse e mal-estar;

• Inquietação;

• Hiperatividade - comportamento frenético e inquietação;

• Orelhas fixas atrás;

• Tremendo;

• Problemas digestivos - vômitos e / ou diarreia;

Cães estressados ​​precisam ser controlados com cuidado. Se possível, os profissionais que cuidam diretamente desses animais de estimação devem tentar aliviar ou prevenir a ocorrência de situações estressantes.

Assim que ocorrer um evento e você perceber que o animal está estressado, você deve retirá-lo da situação rapidamente. O estresse contínuo pode criar ansiedade, o que pode resultar em muitos aspectos negativos para um cão, incluindo doenças, fobias e agressão, por exemplo.

Se um cão é sensível a um evento ou encontro específico, por exemplo, ruído, tempestades ou crianças, então o cão precisa ser estimulado a longo prazo. Isso significa introduções graduais e positivas cuidadosas ao evento ao qual eles são sensíveis. Pode ser útil sugerir que seu cliente procure a ajuda de um comportamentalista ou treinador para iniciar este procedimento.

Se um cão está extremamente estressado, você pode conversar com o dono sobre a opção de usar medicamentos veterinários para ajudar. Uma vez sob medicação, o cão pode aprender melhor novos comportamentos.

Ansiedade de separação e como resolvê-la

Quer você seja tosador, groomer, babá, veterinário ou dono de um canil, com certeza já vivenciou um cão com ansiedade de separação. A ansiedade da separação é um problema comum para animais de estimação - especialmente cães.

Alguns sinais importantes de ansiedade de separação incluem:

• Latindo, uivando e choramingas;

• Fuga;

• Arranhar os portões e / ou andar nas portas;

• Mastigar, cavar e outros comportamentos destrutivos.

A ansiedade de separação é uma resposta fisiológica aguda ao estresse (uma resposta de pânico) que pode ocorrer quando o cão é separado de seu dono ou deixado sozinho. Um cachorro pode ficar muito angustiado. 

Eles podem salivar, latir, uivar, andar de um lado para o outro, urinar ou defecar dentro de casa, realizar comportamentos destrutivos em casa ou no jardim, tentar escapar e até mesmo se ferir. Esses comportamentos não ocorrem quando o dono está em casa. 

Para ajudar a resolver esse problema, sugerimos pedir ao dono do animal de estimação que deixe um cobertor ou peça de roupa que tenha seu cheiro, tocando uma música calmante e envolvendo o cão em uma atividade positiva, como brincar com um brinquedo que solta comida.

Sugira que o dono do animal tente ficar algum tempo longe dele, aumentando gradualmente o tempo que passam separados.

Se tudo isso falhar, um veterinário pode prescrever medicamentos que devem ser usados ​​em conjunto com a terapia comportamental.

Outros problemas relacionados à ansiedade

O principal conselho que os profissionais da indústria de animais de estimação precisam dar aos donos é: eles podem resolver problemas de comportamento em seus animais, não importa o quão importantes ou menores sejam. Um especialista em comportamento animal irá ajudá-los a resolver o problema e fornecer soluções divertidas e motivadoras.

A ansiedade pode resultar em falta de habilidades sociais, socialização inadequada, experiências negativas anteriores ou ser influenciada pela genética de um cão. Os donos às vezes também reforçam comportamentos ansiosos em seus cães, sem perceber que estão piorando as coisas.

É necessário tratar a ansiedade subjacente se quisermos abordar ou prevenir respostas ansiosas a qualquer situação específica, como uma ida ao veterinário, durante uma caminhada ou enquanto o animal está sendo cuidado por alguém.

Os cães ansiosos, em geral, tentam duas coisas para afastar os sentimentos de ansiedade. Eles tentarão recuar (o que pode ser difícil se estiver na coleira) e, se não for possível, podem agir de forma defensiva e agressiva. Cães muito ansiosos podem pular direto para a agressão como solução ou mecanismo de proteção.

Os comportamentos que os cães ansiosos exibem os ajudam a evitar ou deter o que eles percebem ser uma ameaça e, portanto, os comportamentos são reforçados e frequentemente repetidos. Por exemplo, um cão ansioso que rosna ameaçadoramente para uma pessoa que se aproxima durante uma caminhada provavelmente a fará parar. 

A pessoa para de se aproximar, a ansiedade do cão para de aumentar e parece para o cão que seu comportamento o ajudou e, portanto, eles continuarão rosnando em futuras situações semelhantes.

O que geralmente também acontece quando um cão executa seu comportamento defensivo é o dono dizer um severo 'não' ou um calmante 'está tudo bem'. Na mente do cão, o dono agora reconheceu a ameaça percebida, o que pode então reforçar o comportamento do cão ainda mais! 

O comportamento de um animal pode criar um "Plano de dessensibilização e contra-condicionamento", que é específico para as ansiedades do cão. O plano descreve um processo para identificar e superar a ansiedade do cão de uma forma estruturada, controlada e positiva.

Lidando com um cachorro agressivo

Embora possa haver várias causas para a agressão canina, algumas razões possíveis incluem nervosismo, ameaça percebida, dor, um problema médico subjacente ou um evento traumatizante anterior.

É importante que os profissionais dos animais se comuniquem com os donos e os encorajem a deixá-los saber se eles sentem que há chance de seu cão se tornar agressivo.

É um cenário tão comum que os profissionais de animais de estimação não julgam ou têm uma resposta negativa ao ouvir que um animal tende a se tornar agressivo.

No entanto, saber que um cão pode se tornar agressivo ajudará a mantê-lo seguro ao manuseá-lo.

No caso dos veterinários, se o cão de um cliente se tornar agressivo, eles podem sugerir que o dono inicie um processo de dessensibilização do cão.

Isso pode incluir levar o cachorro até a porta da clínica (ou mais adiante na rua, se eles tiverem probabilidade de reagir) e elogiar seu comportamento calmo ou recompensá-lo com uma guloseima. Esse processo deve ser repetido algumas vezes antes que o cão seja finalmente levado para dentro da clínica. Uma vez dentro, o dono deve dar uma guloseima ao seu cão e, da próxima vez, o pessoal da clínica pode oferecer também.

O ideal é que o cão visite a clínica veterinária muitas vezes sem que nada invasivo seja feito. Com o tempo, o cão deve perceber que as visitas à clínica podem ser experiências agradáveis. Se isso for muito difícil para o cliente, uma visita ao veterinário em casa pode ser uma opção menos estressante. Os cães que são agressivos ao ar livre precisam ser controlados com muito cuidado.

Se você é um adestrador de cães, deve garantir que o cão não entre em contato direto com o objeto de sua provável agressão.

Coleiras e correias ou arreios são essenciais e até mesmo uma focinheira pode ser necessária. Coleiras estão disponíveis para alertar outras pessoas sobre a situação do seu cão - por exemplo, ter "Cão nervoso" escrito na guia. O dever de cuidado de um dono (ou profissional de animais de estimação) seria dizer a qualquer "ameaça" que se aproximasse que seu cão deveria ser deixado sozinho.

Passear com o cachorro em locais diferentes ou em horários diferentes do dia pode ajudar a controlar a situação, mas a solução a longo prazo seria obter ajuda para conduzir estímulos neutros para que o cão fique menos estressado ou tenha menos necessidade de se tornar agressivo.

Como profissionais do mercado de animais de estimação, é vital ser capaz de ler as pistas de comportamento de um cão através do reconhecimento de expressões faciais, movimentos da cabeça e do corpo. 

Esta habilidade ajudará a identificar uma situação potencial e tomar medidas para resolvê-la antes que danos ou ferimentos (emocionais e físicos) sejam causados ​​ao cão ou a um ser humano.